Uma menina de dez anos morreu neste sábado (09/06) no Egito vítima da gripe aviária, o que fez subir para 15 o número de mortos pela doença no país desde a detecção do primeiro caso, em fevereiro do ano passado.
Segundo Abdel Rahman Shahin, porta-voz do Ministério da Saúde egípcio, a menina, identificada como Mayada Garah Tohami, foi internada em um hospital da cidade de Qena, 670 km ao sul do Cairo, na quinta-feira (07/06).
Segundo Shahin, a menina se infectou ao entrar em contato com aves de uma granja.
O novo caso fatal da doença é registrado quase dois meses depois de uma adolescente de 14 anos ter morrido de gripe aviária em um hospital do Cairo.
Nas zonas rurais do país, apesar das recomendações e proibições, as famílias continuam criando aves ao ar livre ou dentro de casa.
Após a detecção do vírus da doença no Egito, as autoridades sanitárias sacrificaram cerca de 12 milhões de aves para conter novas infecções.
Gripe aviária
A gripe aviária provocada pelo vírus H5N1 é transmitida de animais para humanos pelo ar [secreções respiratórias] e pelo contato com fezes e sangue dos animais contaminados. Mas é preciso uma quantidade muito grande de vírus para que um ser humano seja infectado.
Há risco de contaminação quando o vírus entra em contato com mucosa [como nariz, olhos e boca], por meio da respiração e da ingestão de carne mal cozida ou do sangue de animais doentes.
O consumo de carne previamente congelada e bem cozida não oferece risco de contaminação.
A pessoa infectada tem sintomas parecidos aos da gripe comum. Após entrar no corpo humano, o vírus H5N1 se dirige ao pulmão. Depois, rins e fígado também são afetados, o que pode levar o paciente a sofrer falência renal e hepatite. Em casos mais graves, a vítima pode morrer em cinco dias.
(FSP, com informações da EFE, 09/06/2007)