A determinação de aumentar a área de preservação no Distrito Industrial, alterando a demarcação de 150 metros para 300 metros de faixa não-edificável a partir da linha d'água do Saco da Mangueira, levou o prefeito Janir Branco a interceder junto à Secretaria de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais (Sedai) e, posteriormente, à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Acontece que a medida estava gerando problemas para as empresas já instaladas e entraves aos futuros investimentos. Um dos casos é o da empresa Zanon, que investiu R$ 10 milhões nas suas instalações, e mesmo dentro dos padrões especificados pelo órgão ambiental, não conseguia obter a licença de operação.
Em contato com a presidente da Fepam, Ana Pelini, o chefe do Executivo mostrou as preocupações e solicitou que a medida não fosse implantada da forma como estava prevista. A partir desse encontro, estudos técnicos foram feitos, inclusive com a participação das secretarias municipais de Coordenação e Planejamento (SMCP) e do Meio Ambiente (SMMA).
Agora, a Fepam acaba de comunicar ao prefeito Janir Branco que a área de preservação no Distrito Industrial ficará em 200 metros a partir da linha d'água do Saco da Mangueira. Ou seja, foi encontrado um meio termo para atender a todos os interesses.
Janir considera que essa "foi uma atitude mais justa, que veio a atender tanto a preservação do meio-ambiente, que é obrigação de todos os governos, como também nosso desenvolvimento, já que algumas empresas estavam encontrando dificuldades para a expansão de seus projetos ou para realizar novos investimentos aqui".
Com a definição da área de preservação em 200 metros, o secretário municipal de Coordenação e Planejamento, Neverton Moraes, que participou das tratativas com a Fepam, entende que "agora tudo ficou muito bem resolvido". Salientou, inclusive, que empresas já estabelecidas com esta nova legislação, não terão de abrir mão de áreas já construídas.
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Jornal Agora, 08/06/2007)