A Metade Sul do Rio Grande do Sul está comemorando o destravamento do processo de licenciamento ambiental que permitirá a continuidade dos projetos de florestamento destinados à produção de celulose, papel e móveis por grandes empresas como Stora Enzo, VCP e Aracruz, com a futura instalação de novas fábricas de celulose no Rio Grande do Sul. A Fepam está começando as audiências públicas sobre o licenciamento. O curso de Ciências Econômicas da UCPel, em Pelotas, pediu um estudo a seus alunos formandos em Ciências Econômicas, e eles demonstraram que só o projeto da Votorantim Celulose e Papel, já em andamento, representará investimento de R$ 4,2 bilhões, até 2012, criando milhares de empregos no campo e nas cidades da região.
De acordo com o trabalho da acadêmica Daiana de Lima Martins, com orientação do professor João Carlos Medeiros Madail, só a compra de terras representará R$ 441.325.236,00 (já foram pagos R$ 177.325.236,00); a produção de mudas em Capão do Leão já consumiu R$ 4.326.450,00 e exigirá mais R$ 23.549.372,00; os parceiros do Programa Poupança Florestal já receberam R$ 5.291.015,00 e vão receber mais R$ 65.764.205,00; trabalhadores já receberam R$ 19.016.569,00 e vão receber, nos próximos anos, R$ 239.225.974,20.
A instalação da fábrica de celulose, nos próximos anos, exigirá R$ 2,7 bilhões. Todo o projeto VCP levará aos cofres públicos R$ 721.709.321,00 em impostos. E, quando as árvores estiverem prontas para o corte, os produtores agrícolas receberão R$ 5.364.304,00. Desde 2004, a VCP já investiu no Rio Grande do Sul R$ 205.959.270,00.
(Painel Econômico - Danilo Ucha,
Jornal do Comércio, 08/06/2007)