No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado hoje (5/06), o Programa Chile Sustentável fixou as quatro prioridades no tema para o país e convocou o governo da presidente Bachelet a focalizar-se nas tarefas ambientais. Para o Programa, é importante acelerar as ações em matéria energética, em política de água, ordenamento territorial e a institucionalização do Ministério do Meio Ambiente.
Segundo a diretora da entidade, Sara Larraín, é necessário retomar o programa de segurança energética com duas ações prioritárias: acelerar a eficiência energética, triplicando para seis milhões de dólares o atual orçamento deste programa e focalizar no trabalho nas minas, na iluminação pública, na construção, no transporte e no setor energético, integrando ao seu enfoque a direção da demanda. Além disso, a ecologista ressaltou o imperativo de estabelecer um Fundo para apoiar o investimento na geração elétrica baseada em fontes renováveis, de ao menos 10 milhões de dólares anuais, para a energia eólica, pequena hidráulica, geotérmica e solar.
Para o Programa, também é prioridade a proteção dos recursos hídricos a partir de três ações: patrocinar o projeto de lei de proteção de glaciais, aprovada na sua totalidade pelo Senado em janeiro passado e enfocar o atual Fundo de Irrigação para melhorar a eficiência na irrigação agrícola, pois a diminuição de regiões glaciais e de precipitações obrigarão ao país a produzir com menos água, o que vai gerar pressão por um uso mais eficiente. "A terceira prioridade é acelerar normas de ordenamento territorial por meio da promulgação da Estratégia de Vertentes; o ordenamento das costas; o limite da expansão urbana e a proteção do solo agrícola; a criação do Sistema Nacional de Áreas Protegidas Públicas e Privadas", afirmou Larraín.
"Estas prioridades são essenciais na estratégia de mitificação e adaptação às mudanças climáticas, já que nosso país é altamente vulnerável por possuir zonas costeiras baixas; possui zonas áridas e semi-áridas; zonas com cobertura florestal e zonas expostas à deterioração florestal, à seca e à desertificação. Chile tem zonas propensas aos desastres naturais; alta contaminação atmosférica urbana; zonas de ecossistemas frágeis, incluídos os ecossistemas montanhosos; e sua economia depende da energia intensiva e de recursos naturais", adverte a diretora.
O Secretário-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, também fez uma convocação aos governos do mundo e à população em geral para se comprometer na luta contra às mudanças climáticas. Para Ban Ki-Moon, o aquecimento global não é um problema que afeta unicamente às regiões polares. O secretario alertou que os habitantes das ilhas baixas e das cidades costeiras de todo o mundo enfrentam o risco de inundação criado pela subida do nível do mar. A desertificación, a seca, e a insegurança alimentar foram alguns dos problemas enfatizados por pelo Secretário-Geral da ONU.
(Adital, 05/06/2007)