Começou a operar hoje a maior termelétrica do país, a Macaé Merchant, na região norte do Estado do Rio, com capacidade de gerar 870 MW de energia. Mas, por causa da paralisação do MAE (Mercado Atacadista de Energia), a controladora da nova usina, a norte-americana El Paso, ainda não tem para quem vender a energia gerada. A usina foi concebida para vender energia no mercado atacadista, no qual os preços são maiores do que os negociados diretamente entre distribuidoras e geradoras. Gregori Basalis, presidente da El Paso, disse que existem contratos bilaterais (com as distribuidoras) em negociação avançada, mas nenhum foi fechado ainda. Ele não revelou o nome da distribuidora interessada nem quantos MWs serão comercializados. Basalis disse que a solução para o problema é a CBEE (Comercializadora Brasileira de Energia Emergencial) -empresa criada pelo governo para garantir o abastecimento emergencial no país- adquirir a geração da termelétrica, até que o MAE comece a funcionar. O executivo garante ainda que a térmica vai operar normalmente e não será desligada, como ocorreu com outra usina no Estado do Rio, a Eletrobolt, da norte-americana Enron. Mesmo sem comprador, Basalis afirmou que a usina vai continuar gerando energia, pois espera um definição do governo nos próximos dias. A Macaé Merchandt consumirá 4 milhões de metros cúbicos de gás por dia. A El Paso investiu US 600 milhões na construção da usina e está construindo mais três termelétricas no país. Além disso, outras duas estão em seus planos. (Agência Folha)