A greve dos municipários está causando prejuízos à população, como o desperdício de água nas ruas da Capital. De acordo com a prefeitura, terça-feira (5/6) pela manhã, um piquete dos servidores em frente ao Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) barrou a saída das equipes responsáveis pelo conserto dos vazamentos de rua. O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informou que a obstrução já impossibilitou cerca de 900 atendimentos.
Segundo o supervisor de operações do Dmae, Valdir Flores, não está descartado o uso de força policial para permitir o trabalho das equipes. "Estamos com uma demanda muito grande de serviços atrasados. Hoje (terça-feira), precisamos fazer um conserto numa estação de tratamento e duas estações de bombeamento de água, e isso envolve um grande número de pessoas que utilizam a rede."
O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) reuniu-se nesta terça-feira com o secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico, Clóvis Magalhães. "Os servidores estão penalizando a população. Isso é inadmissível", disse.
Na semana passada, a prefeitura obteve uma liminar judicial que assegura a saída dos carros para serviços essenciais. "Eles não podem ir contra uma determinação da Justiça", afirmou Magalhães. A presidente do Simpa, Carmen Padilha, diz que os serviços considerados essenciais - como abastecimento de água - estão mantidos. "Estamos impedindo ações não-urgentes, como corte de água e leitura de hidrômetro", esclareceu.
(Jornal do Comércio, 06/06/2007)