Ambientalistas, movimentos sociais e de ONGs se uniram ontem, no Dia Mundial do Meio Ambiente, para reivindicar a aplicação imediata dos critérios estabelecidos no estudo de zoneamento ambiental por técnicos da Fundação Estadual de Proteção Ambiental. Na Assembléia, argumentaram que empresas de celulose estariam pressionando para agilizar a emissão de licenças ambientais, ameaçando o cuidado com o meio ambiente. O zoneamento terá que passar por audiências públicas antes de ser implementado.
Para Francisco Milanez, integrante da Assembléia Permanente de Defesa do Meio Ambiente do RS, o estudo forneceria critérios claros e agilizaria a aprovação de licenças. O professor de pós-graduação em Biologia Animal da PUCRS e integrante da ONG Igre, Ludwig Buckup, salientou que o zoneamento é a única alternativa para harmonizar a silvicultura e o desenvolvimento sustentável. 'Da forma como está, os custos ambientais são muito altos. É preciso desenvolvimento, mas usando os recursos naturais de forma que estejam disponíveis para as próximas gerações', disse.
Para a agrônoma Carla Villanova, do Núcleo Amigos da Terra, falta seriedade na condução da política ambiental no RS quanto às plantações de árvores exóticas. 'Não somos contra a agilidade nas licenças, só queremos que seja embasada no estudo.'
(Correio do Povo, 06/06/2007)