O Rio Grande do Sul no Contexto das Mudanças Climáticas foi o enfoque do seminário que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente realizou nesta terça-feira (5/6) no Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa, alusivo ao Dia Mundial do Meio Ambiente. A abertura solene do evento e o primeiro debate com especialistas da área ocorreu na noite da segunda-feira (4).
Estiveram presentes o secretário estadual do Meio Ambiente, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, representando a governadora Yeda Crusius; o presidente da Assembléia, deputado Frederico Antunes; o subprocurador geral de Justiça, Eduardo de Lima Veiga; o presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembléia, deputado Alberto Oliveira; o secretário estadual de Infra-estrutura e Logística, Daniel Andrade, e a coordenadora da secretaria executiva do Fórum Gaúcho de Produção Mais Limpa da Sema, Ana Maria Cruzat.
Em seu pronunciamento, Otaviano Moraes afirmou que o seminário se destina a responder questionamentos sobre um assunto que anteriormente só interessa e preenchia a agenda de círculos científicos e que passou a ser falado em todo o planeta, gerando dúvidas e inquietações.
“Este evento é para que tenhamos tão indispensáveis respostas a muitas perguntas e possamos percorrer os caminhos que nos conduzam à preservação do meio ambiente às presentes e futuras gerações, com o fito de provocar conhecimento e ampla reflexão sobre tão importante assunto ao homem e à humanidade”, falou o secretário do Meio Ambiente.
Ele destacou que o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), no resumo para formulações de políticas, afirma que a maior parte do aumento observado nas temperaturas médias globais desde meados do século XX é, muito provavelmente, devida ao aumento nas concentrações antropogênicas de gases do efeito estufa.
As mudanças climáticas sempre existiram e vão continuar a acontecer, mas o homem está intensificando esse processo e agravando o aquecimento global e as conseqüências dele. A afirmação foi feita pelos dois painelistas da noite, Jefferson Cardia Simões, glaciologista do Núcleo de Pesquisas Antárticas e Climáticas da UFRGS e José Marengo Orsini, pesquisador do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A participação deles foi mediada pelo jornalista Juarez Tosi do Núcleo de Ecojornalistas do RS.
Conforme Marengo, a palavra-chave é “adaptação” para tratar os impactos do aquecimento global que já não pode ser evitado. “Teremos que aprender a conviver com a variabilidade natural do clima hoje, pois a tendência é irregularidades, com chuvas mais intensas e veranicos mais prolongados”, disse Marengo. Ele também afirmou que a luta contra as mudanças climáticas é um objetivo comum, que necessita de trabalho conjunto entre municípios, Estados e Países, embora com responsabilidades diferenciadas. “É necessário dimensionar com maior propriedade o problema e usar meios políticos e decisórios para enfrentá-lo”, alertou Marengo.
O Seminário segue até o final da tarde com programação que pode ser conferida na página eletrônica da Sema e on line pelo www.uergs.edu.br.
(Assessoria de Comunicação do Governo do Estado, 05/06/2007)