Escola ambiental flutuante. Este é o Martim Pescador, que navega pelo Rio dos Sinos ensinando preservação e consciência ecológica. Educação, fiscalização e ação dão a tônica da atuação do instituto em defesa da causa ambiental. São mutirões de recolhimento de lixo, plantio de mudas, exposições, oficinas e aulas. Sempre tendo o catamarã como personagem central e o Sinos como meta.
Não se trata apenas de turismo ecológico. O Martim Pescador leva os passageiros para um passeio cheio de informações. Um biólogo costuma participar das viagens, dando informações sobre o rio, a fauna e a flora da região. Em atividades noturnas de observação de estrelas, um astrônomo acompanha o passeio explicando o que os participantes vêem pelos telescópios. Para o presidente do Instituto Martim Pescador, Henrique Prieto, as atividades são o caminho para um futuro melhor para o Sinos. “Só através da conscientização vamos resolver o problema do rio”, aposta.
A embarcação, com capacidade para 58 pessoas, foi batizada no dia 16 de julho de 2003 pela então primeira-dama do Estado, Cláudia Rigotto, e inaugurada no dia 25 de julho do mesmo ano, no dia do aniversário de 179 anos de São Leopoldo. Desde então, já estiveram a bordo do Martim Pescador cerca de 50 mil pessoas, sendo 90% estudantes.
O catamarã tem ainda uma função fiscalizadora. Foi durante um passeio entre São Leopoldo e Porto Alegre, em 7 de outubro de 2006, que passageiros e tripulação se depararam com os inúmeros peixes mortos resultantes da maior tragédia ambiental do Sinos. A partir de junho, o Martim Pescador contará com equipamento de análise de qualidade da água do Sinos, cedido, em projeto de parceria, pelo Serviço Municipal de Água e Esgoto (Semae) de São Leopoldo.
Enquanto isso, o instituto vai procurando promover a limpeza do Rio dos Sinos. Desde o começo do ano, vários mutirões já retiraram toneladas de lixo da água e das margens. Para o mês de junho, o Martim Pescador quer promover o maior mutirão do ano.
(Jornais VS, NH e DC, 05/06/2007)