Diversas ONGs reivindicaram nessa quinta-feira (07/06) aos chefes de Estado e de Governo do G8 - sete países mais industrializados e a Rússia - reunidos em Heiligendamm que destinem US$ 50 bilhões ao ano para atenuar os efeitos da mudança climática nos países pobres.
"Os países do G8 - Estados Unidos, Reino Unido, França, Itália, Japão, Alemanha, Rússia e Canadá - produzem 40% das emissões mundiais e são os primeiros a pagar por isso", disse o coordenador da ONG Jubilee USA, Neil Watkins.
"Não é aceitável nem compreensível que no G8 haja reservas em fixar compromissos para a redução de emissões e menos ainda que deixem a carga de atenuar os efeitos da mudança climática nas mãos dos que não emitem e mais sofrem", acrescentou.
Em comunicado conjunto distribuído hoje em Heiligendamm, várias ONGs especializadas em meio ambiente e desenvolvimento pediram que o G8 assuma a "dívida" que contraíram com os países mais pobres, cifrada em US$ 50 bilhões ao ano.
A mudança climática é um dos principais empecilhos a serem superados pelos membros do G8, mas as diferenças internas são tão significativas que, apesar da disposição dos países europeus do grupo, não é esperado um compromisso sobre redução de emissões de gases do efeito estufa ou novos fundos para a transferência de tecnologias limpas aos países em desenvolvimento.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou ao chegar a Heiligendamm que "o G8 precisa de um compromisso com números para preservar sua credibilidade na comunidade internacional e na comunidade de países em desenvolvimento".
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EFE, 07/06/2007)