Os líderes mundiais reunidos na cúpula do G8 na Alemanha selaram um acordo para implementar cortes "substanciais" na emissão de gases do efeito estufa, afirmou a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel.
"Em termos de alvos, concordamos com uma linguagem clara...que reconhece que os aumentos nas emissões de CO2 devem primeiro ser interrompidos e depois seguidos por reduções substanciais", disse Merkel a repórteres durante a reunião no balneário de Heiligendamm.
Segundo ela, os países do G8 concordaram em "considerar" a meta dela de um corte de 50 por cento nas emissões até 2050. Mas os líderes não parecem ter se comprometido a metas específicas.
Os EUA vinham resistindo às tentativas de Merkel -- que comanda a cúpula -- de fixar uma meta específica sobre os cortes necessários aos esforços para combater as perigosas alterações no clima.
Mais cedo, antes do tão esperado encontro cara a cara com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, o presidente dos EUA, George W. Bush, tentou debelar parte das tensões com o país.
Os dois não se reúnem sozinhos desde que Putin acusou o governo Bush, em fevereiro, de tentar impor sua vontade ao mundo e de tentar se tornar o "único mestre" do planeta.
"Repito que a Rússia não é uma ameaça, que os russos não são uma ameaça militar", afirmou o presidente norte-americano.
O governo russo discorda dos planos dos EUA de construir um escudo de defesa antimíssil que teria parte de seus componentes instalados no Leste Europeu.
Mas o escudo não é o único ponto de desavença -- as relações da Rússia com o Ocidente encontram-se em seu pior momento do pós-Guerra Fria. Entre os outros tópicos sobre os quais não há consenso estão várias questões de política internacional (incluindo o Irã e Kosovo) e o envio de ajuda à África.
O local da cúpula, um hotel de luxo do século 19, continua cercado por um forte esquema de segurança.
Na quinta-feira de manhã (07/06), barcos da polícia afastaram várias embarcações menores do Greenpeace que tentavam romper o cordão de isolamento, abalroando um deles e obrigando seus ocupantes a pularem nas águas do mar Báltico.
(Por Jeff Mason e Tabassum Zakaria,
Reuters, 07/06/2007)