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2007-06-06
Lançado no ano passado, o documentário 'Quem matou o carro elétrico?', do cineasta norte-americano Chris Paine, entrou em circuito comercial no Brasil por poucos dias, sem causar nenhum alarde.

A obra retrata o início, o desenvolvimento e o suposto complô que pôs fim ao projeto EV1, um veículo elétrico de passeio concebido pela General Motors há 25 anos.

'Ele era o mais eficiente e rápido entre a maioria dos carros já construídos. Funcionava com eletricidade e não produzia nenhuma poluição. Os poucos afortunados que o dirigiram nunca quiseram se desfazer dele. Por tudo isso, porque General Motors destruiu sua frota dos veículos elétricos EV1?', diz o texto de divulgação do filme.

Complô?
Por aqui, no Brasil, talvez pudéssemos fazer algumas perguntas semelhantes. O que aconteceu com o Itaipu, o primeiro carro elétrico brasileiro, fabricado pela Gurgel não há 25, mas há 32 anos?

Com apenas 2 lugares, ele precisava de aproximadamente 10 horas para recarregar completamente suas baterias (que pesagem no total 320kg), dando uma autonomia de 60 a 80 quilômetros. O projeto não vingou, mesmo depois de várias tentativas de seu criador para conseguir parcerias em financiamentos, incentivos e pesquisas. Um complô das concorrentes?

E os ônibus elétricos de Santos, por exemplo, onde estão? Eles começaram a rodar em agosto de 1963 e logo caíram nas graças do público. A Cidade chegou a ter dezenas de trólebus. Hoje, segundo a Viação Piracicabana, não existe mais nenhum.
Por quê?

Para o presidente da Associação Brasileira de Consultores de Engenharia (ABCE), Ângelo Vian, o principal problema que ainda impede a popularização desse tipo de transporte é o custo. Em média, um veículo elétrico de passeio, no exterior, sai por US$ 15 mil a mais do que um convencional, à gasolina.

Antipoluentes
Mesmo assim, Vian, acredita que essa diferença está com os dias contados. O motivo é a crescente conscientização dos consumidores para os danos gerados pela poluição.

Para o presidente da ABCE, isso fará com que as autoridades restrinjam ainda mais as normas antipoluição veicular. Dessa forma, "o mercado para o veículo elétrico será criado automaticamente", avalia o especialista.

Mas antes que andemos em veículos puramente elétricos, que nos dias de hoje ainda têm uma autonomia limitada e problemas como baterias muito pesadas, 'a grande jogada' será o motor híbrido - uma mistura de eletricidade com combustível líquido, como o biodiesel, o grande diferencial brasileiro.

Celeiro
A opinião é do vice-presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Eurico Divon Galhardi. Ele acredita que a combinação do motor elétrico com combustível vegetal é a solução para o transporte público, no Brasil, reduzir a emissão de poluentes.

Comparado com o óleo diesel derivado do petróleo, o biodiesel puro (obtido a partir de fontes renováveis) reduz em até 78% as emissões de gás carbônico, além de diminuir em 90% as emissões de fumaça e praticamente eliminar as emissões de óxido de enxofre. "O Brasil é o grande celeiro do combustível verde", ressalta Galhardi.

No entanto, ele diz que a substituição da matriz energética que alimenta a frota nacional (97 mil ônibus urbanos e 19 mil veículos no transporte rodoviário de passageiros) vai demandar muito tempo. "As experiências feitas (com ônibus elétrico) são promissoras, mas não se faz nada do dia para a noite", destaca.

Um complô contra quem?
O EV1, sigla para Electric Vehicle, foi um carro elétrico concebido pela General Motors há 25 anos. O modelo é alvo do documentário Who killed the eletric car? (Quem matou o carro elétrico?), que além de contar a história do carro, mostra que já poderíamos contar esses modelos desde a década de 1980, o que diminuiria a dependência dos derivados do petróleo e a poluição. Entretanto, a GM desistiu do projeto. Os carros, segundo alguns proprietários, teriam sido recolhidos pela empresa e destruídos no deserto de Nevada. Dave Barthmuss, porta-voz da empresa, disse que o EV1 não foi concluído por falta de demanda. "Da lista de espera de 5 mil pessoas, apenas 50 deram sinais de que queriam integrar o programa". Segundo ele, em quatro anos apenas 800 unidades do EV1 foram para as ruas. Para o porta-voz, este foi o principal motivo do abandono do EV1, que fez a GM perder mais de US$ 1 bilhão.

Sobre veículos elétricos (VEs)
VEs podem ser classificados em três grandes famílias:

1) VE à bateria: É acionado por um (ou mais) motor(es) elétricos cuja energia é suprida por uma ou mais baterias instaladas a bordo. Essas baterias são periodicamente recarregadas na rede elétrica.

2) VE híbrido: É um veículo acionado por um motor elétrico cuja energia é suprida por um gerador e uma bateria instalados a bordo. O termo "híbrido" se deve ao fato de que no seu acionamento ele conta com um motor de combustão interna, usado nos veículos convencionais e também motor(es) elétrico(s) que aciona(m) veículos elétricos. Esse motor alimenta o motor elétrico e a bateria e, em algumas configurações também contribui no acionamento direto das rodas, em paralelo com o motor elétrico.

3) VE de célula a combustível: VECC é o veículo em que a energia elétrica é gerada a bordo por meio de um processo eletroquímico. Nele, a energia de um combustível é transformada diretamente em eletricidade.

(A Tribuna, 05/06/2007)

 

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