Nos vales do Sinos e Paranhana, parte dos municípios de Araricá, Igrejinha, Morro Reuter, Nova Hartz, Sapiranga, Santa Maria do Herval e Três Coroas poderá em breve abrigar a primeira unidade de conservação da Mata Atlântica da região. Até outubro deste ano, a organização não-governamental Núcleo Sócio Ambiental Araçá-Piranga, de Sapiranga, responsável pelos estudos de viabilidade e sócioeconômicos da futura área de Mata Atlântica a ser protegida, deverá concluir os trabalhos e encaminhar um relatório para o Ministério do Meio Ambiente, sugerindo diferentes propostas de categorias e limites para a Unidade de Conservação dos Contrafortes do Ferrabraz, como foi batizada a área a ser preservada efetivamente.
A região dos Contrafortes do Ferrabraz é uma das poucas onde remanesce a Mata Atântica original, situada em meio a uma área de grande expansão urbana e populacional, como são os vales, por isso a importância do projeto que está sendo desenvolvido pela Araçá-Piranga, que concorreu a um dos editais, lançados em 2005 pelo Ministério do Meio Ambiente, de uma das linhas de pesquisa do Projetos Demonstrativos Altertivos (PDA).
A escolhida pela ONG foi a que estuda a criação de Unidades de Conservação em áreas críticas de expansão urbana, de fronteira agrícola e de fragmentação florestal, que se adequa ao caso do Vale do Sinos. Segundo o coordenador-geral do projeto, biólogo Luís Fernando Stumpf, os recursos para o estudo são financiados por instituições alemãs.
(Jornais VS, NH e DC, 05/06/2007)