A diretora geral da OMS - Organização Mundial da Saúde, Margaret Chan, pediu nesta terça-feira (05/06), no Dia Mundial do Meio Ambiente, que os governos combatam os efeitos da mudança climática, já que atingem a saúde e aumentam os gastos com saúde pública. "Muitas das doenças mais mortais são muito sensíveis às condições da mudança climática", disse Chan. Ela lembrou que algumas, como malária, diarréia e desnutrição, "matam milhões de pessoas a cada ano, na maioria crianças".
Sem uma ação efetiva para conter e adaptar as mudanças climáticas, as condições vão piorar e tornar o controle das doenças mais difícil e caro, acrescentou. Por isso, a diretora da OMS propôs aos países que "reforcem seus sistemas de saúde pública, que são a primeira linha de defesa contra os riscos que a mudança climática representa para a saúde". Para ela, os governos têm que "lembrar de que a prevenção é a cura mais importante".
Chan ressaltou que "muitas das ações necessárias para diminuir o impacto da mudança climática podem reduzir a poluição ambiental e salvar vidas". Alcançar esse objetivo, disse, requer "uma mudança no comportamento tanto dos indivíduos, quanto das comunidades e dos governos, além de suas políticas. O uso de energias mais limpas e sistemas de transportes sustentáveis, por exemplo, teria impacto imediato sobre a saúde".
A diretora da OMS afirmou que "limitar o impacto da mudança climática significa, além de proteger o meio ambiente, salvar vidas e famílias". Ela lembrou que a onda de calor enfrentada pela Europa em 2003 matou mais de 35 mil pessoas, e que a passagem de furacão Katrina em 2005 causou mortes e destruição nos EUA. Segundo dados da OMS, cerca de 60 mil pessoas morrem a cada ano no mundo - a maioria em países em desenvolvimento - em conseqüência dosdesastres naturais relacionados com a mudança climática.
(Efe/ Estadão Online, 06/06/2007)