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Dia Mundial do Meio Ambiente Greenpeace
2007-06-06

Em sessão solene realizada pela Câmara Municipal para marcar a passagem do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado anualmente em 5 de junho, a organização não-governamental internacional Greenpeace recebeu, nesta terça-feira (05/06) à noite, o Prêmio Ecologista do Ano José Lutzenberger. Proposta pelo vereador Carlos Comassetto (PT), a homenagem integra a Quinzena do Meio Ambiente, promovida pela Câmara Municipal de Porto Alegre até o dia 13 de junho. O Prêmio Ecologista do Ano José Lutzenberger é uma honraria conferida anualmente pela Câmara Municipal a pessoas ou entidades que se distingam por suas contribuições à defesa e preservação do meio ambiente. O Dia Mundial do Meio Ambiente foi instituído pela Conferência de Estocolmo sobre o Ambiente Humano, na Suécia, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que teve início no dia 5 de junho de 1972.

A coordenadora do voluntariado do Greenpeace, Maria Cláudia Kohler, lembrou discursos indignados e acalorados de Lutzenberger em favor dos temas ambientais e observou que a sua determinação influenciou muitas pessoas a se engajarem à causa. "A característica de quem trabalha com questões ambientais é o otimismo e a esperança." Maria Cláudia destacou que Lutzenberger foi "um personagem muito além do seu tempo", contestando e mostrando problemas ambientais que a maioria das pessoas ainda não vislumbrava, bem como ajudando a criar e aperfeiçoar a legislação ambiental brasileira. A ambientalista informou ainda que o Greenpeace tem, hoje, no Brasil, mais de 30 mil colaboradores.

O proponente da homenagem, vereador Carlos Comassetto (PT), destacou a atuação do Greenpeace na defesa do meio ambiente e na busca pela paz. Lembrou o pioneirismo do ambientalista José Lutzenberger, que dá nome ao prêmio concedido pela Câmara, e destacou o ativismo e voluntariado dos militantes que atuam no Greenpeace. "Está em jogo a vida do Planeta e de todos os seus habitantes." Comassetto lembrou campanhas desenvolvidas pelo Greenpeace em defesa do meio ambiente e de princípios como a produção limpa, a agricultura ecológica, biodiversidade do planeta e os bancos genéticos. Informou ainda que já tramita na Câmara Municipal projeto que torna Porto Alegre uma Cidade Amiga da Amazônia, proposta que o Greenpeace está levando a todas as cidades brasileiras. "José Lutzenberger e Greenpeace se fundem, neste momento, para fazer com que o Planeta viva", disse Comassetto. Também se manifestaram na tribuna os vereadores Maria Luiza (PTB) e Dr. Raul (PMDB), em sessão coordenada pela presidenta da Câmara, vereadora Maria Celeste (PT).

Guerreiros do arco-íris

Famoso pelas ações diretas que realiza, sempre dedicadas a combater questões sociais e econômicas que dão origem ao desequilíbrio da natureza em todas as partes do mundo, o Greenpeace nasceu em setembro de 1971. Neste ano, um pequeno grupo de ecologistas e jornalistas saiu do porto de Vancouver, no Canadá, em direção às Ilhas Aleutas, no Pacífico Norte. Navegando no primeiro navio da ONG, batizado com o nome de Rainbow Warrior (Guerreiro do Arco-Íris), os ativistas partiram do Canadá decididos a chamar a atenção sobre testes nucleares realizado pelos Estados Unidos nas costas do Alasca, mas não chegaram ao seu destino: em outubro, a tripulação foi presa pela Guarda Costeira dos Estados Unidos e expulsa da região. Os pioneiros do Greenpeace, no entanto, receberam apoio popular e, ao voltar para Vancouver, estavam nas manchetes de jornais em toda a América do Norte. O teste nuclear acabou sendo adiado por mais de um mês e foi o último conduzido no local.

O Greenpeace é uma entidade sem fins lucrativos e tem como objetivos: proteger a biodiversidade em todas as suas formas; evitar a poluição e o esgotamento do solo, oceanos, água e ar; acabar com as ameaças nucleares; e promover a paz. Desde sua fundação, o Greenpeace mantém total independência política e financeira, não estabelecendo alianças com partidos políticos e não tomando posições políticas, exceto no que diz respeito à proteção do meio ambiente e da paz. A organização ambientalista mantém uma política rígida de não solicitar contribuições financeiras de governos ou empresas, tendo como única fonte de financiamento as doações de pessoas físicas.

Um dos recursos da organização ambientalista em sua luta para denunciar os responsáveis pelos crimes ambientais e pela perda da qualidade de vida na Terra é a resistência civil não-violenta. Os "guerreiros do arco-íris" ficaram mundialmente conhecidos pela luta contra a caça às baleias, quando se colocam entre baleias e arpões. Eles também impedem a matança de focas, enfrentam navios para evitar despejo de lixo tóxico e atômico nos mares, escalam chaminés como alerta de poluição. A entidade pressiona empresas, governos e instâncias internacionais onde as grandes decisões são tomadas, um trabalho que resultou em várias conquistas ambientais para o Planeta e para as gerações futuras.

(Por Carlos Scomazzon, Assessoria de Comunicação CMPA, 05/06/2007)


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