A greve dos servidores do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), iniciada no último dia 14, entrou nesta segunda-feira (04/6) no 21º dia de paralisação.
Segundo o Asibama (Associação Nacional dos Servidores do Ibama), a paralisação continua por tempo indeterminado. O presidente da associação, Jonas Corrêa, afirmou que a greve atinge os 27 Estados e o Distrito Federal.
Entre as reclamações dos grevistas está a MP (medida provisória) 366, que criou o Instituto Chico Mendes e marcou o início da reestruturação do Ibama.
Para os grevistas, esse instituto evidenciou a suposta tentativa do governo de pressionar o órgão a acelerar a concessão de licenças ambientais.
No começo do mês passado, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) divulgou um balanço sobre o andamento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e criou um selo para classificar o nível de preocupação com esses projetos. O selo vermelho, por exemplo, classificava as obras que possuem alto risco para a sua execução, ou seja, estão atrasadas.
Entre os projetos classificados como preocupantes pela ministra estão quatro usinas que dependem de licenciamento ambiental: Jirau, Santo Antônio, Pai Querê e Baixo Iguaçu.
Corrêa afirmou que hoje, Dia Mundial do Meio Ambiente, os grevistas realizarão manifestações por todo o país.
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Folha Online, 04/05/2007)