O presidente em exercício, José Alencar, afirmou nesta segunda-feira (04/06), em São Paulo, que o aumento da participação brasileira no mercado internacional de álcool combustível, bem como o desenvolvimento de outras alternativas do projeto de biocombustível “beneficiará os países mais pobres” e servirá de grande ajuda para a melhor distribuição de renda no mundo inteiro.
Alencar advertiu, no entanto, que para chegar a esse desenvolvimento é necessário quebrar barreiras e vencer os subsídios agrícolas impostos pelos países ricos.
Questionado sobre como vê o crescimento desse setor diante das frequentes denúncias de maus tratos a trabalhadores nos canaviais, Alencar afirmou que “o governo apóia uma produção que respeite o trabalhador e se há em algum lugar o desrespeito ao trabalhador isso tem de ser corrigido”.
Ele observou que a transformação do álcool combustível em commodity depende do aumento da produção.”Temos um potencial gigantesco no mundo”, enfatizou.
De acordo com o presidente em exercício, além das possibilidades de explorar a cultura e o beneficiamento na América Latina, há chances de levar o projeto de biocombustível para a África, Leste Europeu, Ásia, entre outras localidades. Ele lembrou que esse é um dos temas discutidos durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao exterior.
José Alencar fez as afirmações ao participar da cerimônia de abertura de encontro sobre o futuro do álcool combustível, o São Paulo Ethanol Summit, que começou na segunda-feira (04/06) e termina nesta terça-feira (05/06), no World Trade Center, na zona sul da cidade. Cerca de 900 convidados entre parlamentares, executivos, empresários e acadêmicos participam do evento, promovido pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Única).
Cerca de 900 convidados entre parlamentares, executivos, empresários e acadêmicos participam do evento, promovido pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Única).De acordo com o presidente Única, Eduardo Carvalho, o que a organização do encontro espera é uma definição consensual dos rumos do setor.
“Queremos discutir aqui o contraditório para que se aprofunde o conceito e a certeza de que estamos no caminho certo”, justificou. em referência ao fato de ter convidado especialistas favoráveis e contrários à expansão do setor.
(Por Marli Moreira, Agência Brasil, 04/06/2007)