Companhias nacionais e estrangeiras poderão investir nos projetos chineses de geração de energia nuclear, mas não poderão ter maioria acionária, informou um dirigente da Comissão Estatal de Ciência e Tecnologia, citado hoje pela agência oficial "Xinhua". Wang Yiren, dirigente da Comissão Estatal de Ciência e Tecnologia para a Indústria de Defesa Nacional, disse que a China tem grande interesse em promover o desenvolvimento de sua indústria de energia nuclear e pretende abri-la para investimentos estrangeiros e privados.
Segundo Wang, o projeto de lei de energia nuclear está em fase de revisão, para permitir que a capacidade seja elevada a 40 milhões de kilowatts até 2020, com a construção de pelo menos três novas usinas geradoras de energia nos próximos 10 anos. Atualmente a China conta com dez usinas comerciais de energia nuclear, com capacidade geradora de 8 milhões de kilowatts. Em 2006, o setor nuclear chinês gerou 54,8 bilhões de kilowatts-hora de eletricidade, menos de 2% do total nacional, porcentagem que o Governo deseja aumentar a 4% até 2020.
Segundo Wang, o Governo chinês tem controle total sobre a exploração de urânio, mas permite que especialistas estrangeiros colaborem com os geólogos locais na busca pelo mineral. O urânio na China está distribuído principalmente em duas grandes regiões que cruzam o país, o que é animador para as possibilidades de encontrar o mineral, afirmou. A China conta atualmente com mais de 300 institutos de pesquisa e empresas que atuam no setor de tecnologia nuclear, que emprega cerca de 50 mil pessoas. EFE st ev/dgr
(Efe, 31/05/2007)