A Petrobras lançou durante o 7º Simpósio de Geologia da Amazônia, em Belém, um projeto de pesquisa geológica sobre toda a zona litorânea da região Norte do País. O estudo faz parte do Programa Tecnológico para a Ampliação de Fronteiras Exploratórias (Profex), da companhia, e receberá recursos do Fundo Setorial do Petróleo (CTPetro). O produto final do projeto será um mapa geológico com informações terrestres e marítimas integradas. Os estudos começam em dezembro deste ano e têm previsão de término em 18 meses. A implementação do projeto demandará R$ 457 mil - pouco mais da metade dos recursos será de investimento da estatal e o restante será garantido pelo CTPetro, que é gerado a partir de royalties pagos por empresas petrolíferas. Segundo o gerente geral da Petrobras, Paulus Van Der Ven, mais de R$ 3 milhões em investimentos já foram canalizados em pesquisas na Amazônia. O projeto será desenvolvido pela Universidade Federal do Pará, com a cooperação do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e University of Durhan, da Inglaterra. Os levantamentos acontecerão em toda a zona costeira do Norte do País, desde o Piauí e o Maranhão até o Amapá, abrangendo também a região leste do Amazonas. No Pará, os estudos acontecerão em praticamente todo o estado, desde a região da Serra dos Carajás e até as Guianas. Estão previstas análises geológicas em áreas terrestres de solo sedimentar, em águas costeiras e marítimas de profundidade de até 2,5 mil metros. - Serão reunidas informações geológicas já produzidas pelas instituições parceiras, integrando os dados de análises geológicas terrestres e marítimas para compreender o processo de evolução que separou os continentes americano e africano, explica Van Der Ven. - O mapeamento disponibilizará dados mais concretos para a escolha de blocos de exploração petrolífera licitados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), afirma o coordenador do projeto pela Petrobras, Joaquim Wanderley Filho. No último dia 30 de outubro, a ANP lançou sua quarta licitação sobre blocos de exploração petrolífera na região Norte. O leilão está previsto para acontecer entre junho e julho do próximo ano. A ANP leiloará 12 blocos de exploração petrolífera. No Pará, serão leiloados três blocos de águas profundas. Na região sul do Amazonas, dois blocos terrestres estão em oferta nos campos de Juruá e Urucu. Um bloco de águas ultraprofundas (a mais de três mil metros de profundidade) na costa marítima do Amapá, também será leiloado. No Maranhão, dois blocos marítimos de águas rasas e profundas, além de áreas das bacias do Parnaíba e de São Luís serão ofertadas. (Gazeta Mercantil- PA)