Cerca de 10 milhões de pessoas por ano deixam as zonas rurais chinesas para viver nas cidades, segundo as conclusões de um seminário sobre planejamento e gestão urbana realizado na cidade de Nanning.
No fim de 2006, a população urbana na China chegou a 577 milhões, o que representa uma taxa de urbanização nacional de 43,9%, informou hoje o "Diário do Povo", órgão oficial do Partido Comunista da China (PCCh).
Li Feng, diretor de planejamento no Ministério chinês de Construção, disse ao jornal "China Business Times" que nos próximos 15 a 20 anos o ritmo de crescimento da urbanização na China se manterá. Ele previu maior pressão sobre os recursos ambientais, mas considerou o desenvolvimento urbano necessário.
O arquiteto venezuelano Antonio Ochoa, que viveu e trabalhou durante grande parte de sua vida na China, alertou esta semana numa conferência com urbanistas chineses e espanhóis para o excessivo desenvolvimento das cidades chinesas.
Para ele, o desenvolvimento caótico das cidades chinesas é um caso único, que não pode ser comparado "sequer com o crescimento das metrópoles da América Latina".
"Nesse ritmo, em Pequim, por exemplo, haverá um caos surpreendente", previu, lembrando que na capital chinesa desapareceu o hábito de passear. As bicicletas que antes eram típicas da paisagem local agora estão desaparecendo, cedendo passagem aos automóveis.
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UOL Últimas Notícias, 02/06/2007)