Os representantes do Movimento dos Atingidos por Barragens iniciaram na quarta-feira (30/05) as negociações com a Eletronorte, o Ministério de Minas e Energia e a Secretaria-Geral da Presidência da República, depois da desocupação, na semana passada da Usina de Tucuruí, no sudeste do Pará.
Os representantes do grupo que ocupou a hidrelétrica apresentaram uma pauta com 13 pedidos, como investimentos em saúde e educação e a formulação de programas de renda para as famílias desalojadas pela construção da hidrelétrica.
Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, a pauta do movimento é extensa e depende de outros órgãos do governo para ser atendida.
"Ontem (30/05, quarta-feira) foi uma reunião mais de decisão política. Os desdobramentos vão se dar daqui para frente. Com certeza vai se desdobrar em outras atividades para concretizar a resolução dos problemas. Tem que se fazer alguma coisa que mostre essa boa vontade, temos que começar de algum lugar", disse André Sartori, coordenador nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens.
A Eletronorte e o Ministério de Minas e Energia apresentaram duas propostas: a criação de um fundo de desenvolvimento e a implementação do Programa Luz Para Todos na região aonde foram alojadas as famílias que tiveram que desocupar a área onde está construída a barragem da hidrelétrica.
Foram marcadas novas reuniões para os dias 4, 5 e 6 de junho, em Tucuruí, para discutir a viabilidade dos pedidos. No dia 21 de junho também está marcada uma reunião, em Brasília, com os ministérios dos Transportes, da Pesca e da Educação.
(Por Kátia Paiva, Rádio Nacional da Amazônia/Agência Brasil, 31/05/2007)