Nos próximos quatro meses, cerca de 3 mil dos 14,5 mil ônibus que circulam na região metropolitana utilizarão como combustível o óleo diesel derivado do petróleo com a adição de 5% de biodiesel. do Estado do Rio de Janeiro vão trafegar utilizando como combustível o óleo diesel derivado do petróleo com a adição de 5% de biodiesel – o diesel vegetal.
Nesse período, uma empresa especializada fará o monitoramento da qualidade do ar e do desempenho dos motores, e os dados serão analisados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O projeto experimental foi apresentado nesta quinta-feira (31/05) em solenidade na Federação do Comércio e resulta de parceria entre a Secretaria Estadual de Transportes, a Petrobras Distribuidora, a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Rio (Fetranspor) e as montadoras Volkswagen e Mercedes-Benz.
Na prática, o projeto antecipa em quase sete anos a lei federal que torna obrigatória, em janeiro de 2013, a utilização do B5, diesel mineral com adição de 5% de biodiesel. A mesma lei prevê, já para janeiro do próximo ano, o uso do B2, diesel comum com 2% de adição do novo combustível.
O secretário de Transportes, Júlio Lopes, destacou o pioneirismo do Rio de Janeiro em relação a combustíveis mais limpos: "Em um ano, 3 mil ônibus rodando com biodiesel a 5% significam uma economia de 32 milhões de litros de óleo diesel".
Para o coordenador de Meio Ambiente da Fetranspor, Guilherme Wilson da Conceição, o projeto não vai pesar no bolso dos usuários do transporte público, porque as tarifas não serão alteradas: "O biodiesel ainda é um pouco mais caro que o diesel, mas a BR Distribuidora nos garantiu que não vai repassar esta diferença. Vamos manter a mesma qualidade do transporte poluindo menos".
Dados da Agência Internacional de Energia indicam que o setor de transportes em todo o mundo é responsável por cerca de 24% do dióxido de carbono (CO2) lançado na atmosfera. E que a participação das frotas das grandes cidades na emissão de gases do efeito estufa aumenta 2,5% a cada ano. Nos países em desenvolvimento, essa taxa atinge até 4,4% ao ano.
(Por Nielmar de Oliveira, Agência Brasil, 31/05/207)