Integrantes do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), do governo e da sociedade civil avaliaram positivamente o painel de debates "Impactos, Vulnerabilidades e Adaptação às Mudanças Climáticas no Brasil" nesta quarta-feira (31/05). O evento fez parte da 50ª reunião extraordinária do conselho, que ocorreu nos dias 29 e 30 de maio, no Rio de Janeiro.
Ao todo, foram 15 apresentações de especialistas que abordaram os resultados dos relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). "As palestras forneceram aos conselheiros informações que subsidiarão as decisões futuras do Conama", disse o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), João Paulo Capobianco.
O secretário lembrou que o Conama é um órgão que congrega diferentes setores da sociedade civil e dos governos, por isso terá papel fundamental nas discussões sobre medidas de adaptação e mitigação em relação às mudanças climáticas. "O Conama vai assumir uma função importante, já que é um espaço privilegiado para os debates", disse Capobianco.
Um dos responsáveis pela organização do painel, o diretor do Conama, Nilo Diniz, destacou que o evento contou com os maiores especialistas do Brasil em mudanças climáticas. "As informações que eles passaram servirão como bom termo de referência tanto para o Conama como para a Secretaria de Mudanças Climáticas do MMA", disse.
Representante do Instituto Maranhense de Recursos Hídricos (IMARH) no Conama, o conselheiro Francisco Iglesias também tem uma avaliação positiva sobre evento. "As palestras ajudam a equalizar o conhecimento sobre o assunto", disse.
O conselheiro João Carlos De Carli, representante da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), também aprovou o painel, mas defendeu a realização de mais debates sobre o aquecimento global. "Eu ainda tenho muitas dúvidas. Há muita coisa ainda sendo tratada como possibilidade. Nós precisamos ter mais certezas para poder tomar decisões", disse.
No primeiro dia da sua 50ª reunião extraordinária, o conselho aprovou duas resoluções sobre a Mata Atlântica e apreciou 14 moções.
(Por Adriano Ceolin, Ascom MMA, 31/05/207)