Centenas de casas de famílias, um colégio público, uma fazenda experimental agrícola, uma estrada intermunicipal, e as ruas principais de Dajabón foram inundadas esta tarde pelas águas transbordadas do canal Juan Carlos. Desde a manhã de hoje, os moradores de da Colônia 30 de Maio e bairros próximos, haviam sido alertados para a possibilidade de que o canal de deságüe estava obstruído, por causa da quantidade excessiva de chuva na parte alta da colina e no município de Dajabón.

Solidariedade Fronteiriça, do Serviço Jesuíta -SJRM-, convocou todas as organizações e autoridades para participar da limpeza urgente de troncos e ramos no canal Juan Carlos, e, pedem ainda ao INDRHI, como o responsável pelas águas canalizadas, que mantenha os canais drenados e limpos, a fim de evitar as inundações por falta de manutenção, o que não pode voltar a acontecer na cidade de Dajabón.

Ontem, a Defesa Civil de Montecristi estava em estado de alerta máximo ante o perigo de transbordamento do rio Yaque do Norte, o qual, segundo informaram, o nível de suas águas já estavam na casinha da qual os militares fazem a vigilância, na ponte velha, dessa cidade nortista.  O Colégio Manuel Arturo Machado e a estrada Dajabón-Loma de Cabrera, que passa em frente a ele, ficaram cobertos por violentas correntes d’águas. A fazenda experimental da escola agrícola San Ignacio de Loyola também ficou inundada pelas águas do canal, assim como sua parte frontal que fica na rua Duarte. 

A parte central da cidade de Dajabón foi tomada pelas águas do canal Juan Carlos, as que não pararam de correr enchendo todos os espaços por onde passavam suas águas.  A inundação produzida na Colônia 30 de Maio afetou as casas de Alejandro Robles e Francisco Contreras, danificando parte dos eletrodomésticos e móveis das casas. Ambos trabalham na Solidariedade Fronteiriça, e pertencem à Defesa Civil e outras organizações religiosas e comunitárias da fronteira norte.  As intensas chuvas, que caíram nas comunidades da zona de fronteira durante à tarde e à noite, conseguiram arrastar grandes matas e paus, que taparam o canal Juan Carlos, não permitindo a saída das águas, que se desviaram para os lugares habitados do lugar, inundando-os todo. 
(Por José Luiz Fernández, Adital, 30/05/2007)