(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
hidrelétricas do rio madeira
2007-05-31
O consórcio formado por Furnas e Odebrecht para o projeto de usinas hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia, entende que o Ibama não tem mais dúvidas em relação ao empreendimento e aguarda para breve a liberação de uma licença prévia.

O consórcio teme, porém, a possibilidade de que exigências extras sejam feitas, o que inviabilizaria a inclusão da obra no leilão de energia previsto para junho.  Se não entrar neste próximo leilão, o projeto pode sofrer atraso para o início das operações, previsto pra 2012.

"Para o sucesso do leilão precisa ser uma licença prévia qualificada, ou seja, que não venha acompanhada de exigências que não poderão ser cumpridas", alertou o diretor de investimentos em infra-estrutura da Odebrecht Irineu Meireles, em entevista à Reuters.

Depois de responder em mais de 300 páginas as 68 perguntas adicionais do Ibama, que em abril divulgou parecer técnico com várias exigências para liberar a obra, a Odebrecht busca agora sócios para a próxima etapa de construção.

"Estamos fazendo um 'road-show' para captar sócios junto a fundos de pensão, de investimento, indústrias", informou Meireles, sem citar nomes.

As usinas de rio Madeira, Santo Antonio --que será a primeira a ser licitada-- e Jirau, irão gerar 6,5 mil megawatts e deverão custar 22 bilhões de reais, na avaliação do consórcio, e quase 30 bilhões de reais na visão de alguns especialistas.  Serão instaladas 44 turbinas em cada usina.

Odebrecht e Furnas informaram que já gastaram, desde 2001, 130 milhões de reais para obter a licença prévia do projeto, custo que deve subir em mais 20 milhões de reais para obter a licença de instalação, último passo para a construção das usinas.

"A gente atendeu a todas as perguntas com os melhores técnicos possíveis e entregamos as respostas na semana retrasada.  Agora o Ibama está avaliando", disse Meireles.

No Ibama, apesar da greve, a informação é de que a avaliação de rio Madeira não foi interrompida, mas não há previsão de resposta.  "Está sob avaliação", disse um assessor do órgão.

As principais dúvidas, como a preservação dos peixes da região, a concentração de sedimentos, a possibilidade de aumento de casos de malária e de contaminação por mercúrio foram explicadas, segundo Meireles.

O projeto de Madeira vai seguir algumas soluções encontradas pela usina hidrelétrica de Itaipu, que instalou um canal de peixes para garantir a rota natural de acasalamento e desova.

No caso dos sedimentos que poderiam se acumular nos rios, a explicação do consórcio é de que, como a velocidade da água do rio não será alterada, os sedimentos não serão depositados no fundo da usina, como se teme.

Testes feitos na região também demonstraram a existência de um volume baixo de mercúrio, segundo Meireles, e por exigência do Ibama a qualidade da água será monitorada.

A construção das usinas de rio Madeira fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e são consideradas fundamentais para sustentar o crescimento do país.  Na avaliação de especialistas, se a obra não for realizada será necessário injetar 700 megawatts no sistema por usinas térmicas a partir de 2012.

De acordo com estudo de órgãos do próprio governo, sem o projeto de rio Madeira a matriz energética brasileira poderia sair dos atuais 84 por cento de hidrelétricas e 15 por cento de térmicas para 64 por cento de hidrelétricas e 34 por cento de térmicas em 2012, o que poderia aumentar a emissão de poluentes na atmosfera.

(Por Denise Luna, Reuters, 30/05/2007)




desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -