Esta sexta-feira (01/06) será marcada pelo início de uma cooperação técnica entre a Agência Nacional de Águas (ANA) e a expedição Rio Voadores. A iniciativa visa a mapear de que forma o desmatamento, as queimadas e o aquecimento global na Amazônia poderão afetar o clima do País. O lançamento do projeto será às 14h no auditório Flávio Terra Barth, na sede da ANA, com a presença de diretores da Agência; representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e da Petrobras; além do aviador Gérard Moss.
O nome da expedição – Rios Voadores – foi eleito devido ao fato de as massas de ar serem capazes de transportar um vapor d’água maior que a vazão de todos os rios do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, podendo alcançar a mesma ordem de grandeza da vazão do rio Amazonas. O projeto vai envolver pesquisas por todo o Brasil, com vistas a aprofundar os estudos sobre as correntes de ar que carregam umidade do Norte ao Sul do País. Voando junto com os ventos, os pesquisadores irão coletar amostras do vapor, das águas da chuva e dos rios. “Estamos em busca do DNA das nossas chuvas”, afirma Gerard Moss, um dos responsáveis pelo projeto.
Coordenada cientificamente pelo professor Enéas Salati, diretor técnico da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS), a expedição integra o projeto Brasil das Águas, patrocinado pela Petrobras Ambiental desde 2003, com o objetivo de mapear os principais mananciais do País. Entre outubro de 2003 e dezembro de 2004, o aviador Gérard Moss e sua esposa, Margi, coletaram 1.160 amostras de água doce de rios e lagos brasileiros por meio de um “avião anfíbio”. As análises do material ajudaram a desenhar um quadro geral da qualidade das águas do Brasil.
(Ascom ANA, 30/05/2007)