Os debates sobre a reformulação do Plano Diretor de Porto Alegre revelam uma cidade partida: há a "elite" dos bairros nobres, que aposta no "imobilismo social", e os "trabalhadores pobres".
O diagnóstico é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil (STICC), Ricardo Baldino, cujas propostas para o Plano Diretor se assemelham às defendidas pela indústria da construção.
- Nos chamam de pobres e miseráveis e pautam os formadores (de opinião) com a idéia de que é ilegítimo nos organizar - critica Baldino.
Na avaliação de Baldino, "a elite do atraso quer pautar o futuro da cidade a partir do seu mundinho".
O presidente da Associação Moinhos de Vento/Moinhos Vive, advogado Raul Agostini, rechaça a idéia de preconceito.
- Nós estamos pensando a cidade do futuro, que respeite a cultura e a história. O que ocorreu no sábado foi uma discussão orquestrada pelas grandes construtoras - lamentou Agostini.
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Zero Hora, 31/05/2007)