O presidente da Cedae, Wagner Victer, informou ontem (29/05) que, para concluir a primeira etapa do Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), ainda serão gastos R$ 240 milhões, de verbas estaduais. Os recursos de financiamento vindos do exterior já se esgotaram. Este ano, o Estado liberou R$ 57 milhões para as obras. Devido à escassez de recursos, será finalizada a rede coletora que vai beneficiar o Centro, Tijuca, Maracanã e Praça da Bandeira e concluída a Estação de Tratamento de Esgoto do Parque Alegria, no Caju.
- Não temos dinheiro para fazer tudo ao mesmo tempo, por isso, priorizamos o Parque Alegria - justificou Wagner Victer.
A mesma regra foi adotada na Zona Oeste. As obras da elevatória de Marapendi e do Jardim Oceânico, na Barra, serão executadas este ano. Já as do Recreio dos Bandeirantes foram adiadas para 2008.
O tratamento secundário, que ficará pronto no início do ano que vem, vai reaproveitar a água e o lodo da estação e será criado um Centro de Tecnologia Ambiental.
- A água vai sair limpa a ponto de colocarmos um aquário com peixes - informou Victer.
O lodo será usado para a produção de biogás, utilizado na iluminação da estação e como fertilizante.
De acordo com o presidente da Cedae, o tratamento primário, que está pronto, pode processar cinco metros cúbicos de esgoto por segundo.
Quando terminar o Parque Alegria, Victer pretende retomar os subsistemas paralisados. O primeiro será o da Pavuna, que hoje processa 120 litros por segundo, 2% da capacidade, que é de 1.500 litros por segundo.
Victer esteve ontem na audiência pública da Comissão de Saneamento Ambiental da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para explicar as ações da companhia. Ele disse que vai divulgar o cronograma de obras na página da Cedae na internet e prometeu que só pedirá financiamento para a segunda etapa do PDBG quando a primeira for terminada.
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Jornal do Brasil, 30/05/2007)