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celulose e papel silvicultura
2007-05-30
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) relativo à quadruplicação da capacidade produtiva da planta da Aracruz Celulose, em Guaíba (RS), deverá ser entregue ainda nesta semana à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). A informação foi dada na noite de segunda-feira (28/05) pelo coordenador de Pesquisa Tecnológica, Qualidade e Processo e gerente de Qualidade e Meio Ambiente da empresa, Clóvis Zimmer. Ele participou, no Centro Universitário Feevale, em Novo Hamburgo, do V Painel de Responsabilidade Social sob o tema “Os Desafios da Sustentabilidade”, organizado por docentes do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) da universidade.

A Aracruz prepara-se para aumentar de 450 mil para 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. Segundo Zimmer, o EIA a ser entregue – coordenado pela empresa Ecoáguas, de Guaíba (RS) -, contempla modelos de simulação aérea para impactos múltiplos, com especial atenção aos impactos hídricos – para os quais se utilizaram modelos da Universidade de Princeton, dos Estados Unidos – e aéreos. “As tecnologias selecionadas possibilitarão que os impactos da nova unidade sejam menores do que os da unidade já instalada”, afirmou Zimmer, reconhecendo, porém, a necessidade de maior atenção sobre os efeitos ao meio hídrico. “Nessa arte, teremos um aumento de impacto sobre a planta de hoje, simulado dinamicamente”, explicou.

O investimento na nova planta, que vai gerar cerca de cem empregos diretos – sem contar a cadeia florestal – é de US$ 1,2 bilhão. O engenheiro informou que o EIA tem mais ou menos 800 páginas e deverá ser disponibilizado à comunidade pela Fepam, provavelmente não em meio digital, devido ao conteúdo bastante denso. Um dos cuidados especiais adotados pela empresa, afirmou, diz respeito à circulação da matéria-prima. “Se os caminhões que trazem a madeira viessem todos por rodovia, teríamos, no entorno, um caminhão a cada três minutos circulado. Por isto, o plano prevê que 40% da madeira sejam escoados via hídrica, com uso de barcos, perfazendo um modal hidroviário no Rio Jacuí e no Lago Guaíba”, observou.

Perfil
A fábrica de Guaíba, fundada nos anos 70, tornou-se alvo de polêmica entre governo, empresários e movimento ambientalista em razão dos fortes odores exalados quando então se chamava Borregaard. Passou a Riocell e, atualmente como Aracruz, é uma das cinco plantas de celulose do mundo a apresentar tratamento terciário de efluentes – as demais estão no  Chile, Japão (duas) e Austrália.

A base florestal da Aracruz de Guaíba apresenta 66,2 mil hectares de florestas. “Sendo que temos 35,6% a mais do que o mínimo exigido pela legislação florestal como Área de Preservação Permanente (APP)”, enfatizou Zimmer.

Em um breve panorama dos processos industriais da unidade fabril gaúcha, o engenheiro mostrou a característica altamente intensiva em consumo de recursos naturais comum a todas as empresas do ramo. “Trabalhamos 24 horas por dia, 354 dias por ano, paramos onze dias, mas, para nós, parar é indesejável. Temos uma planta-forno equivalente a uma fábrica de cimento e duas caldeiras de grande porte cujo consumo é equivalente a 55 megawatts, que é a capacidade de produção de uma pequena central hidrelétrica. Essas caldeiras queimam 65% dos nossos recursos”, explicou.

Sustentabilidade
Zimmer apresentou um quadro onde a Aracruz está representada em relação com todas as partes com as quais mantém relacionamento – clientes, fornecedores, acionistas, comunidade, ONGs etc. “De forma simples, para nós, a sustentabilidade é a busca do equilíbrio em todas essas relações”, definiu, lembrando que os pontos mais sensíveis da empresa, histioricamente, são o ar – odor de mercaptanas formadas no processo industrial – e o ruído. Segundo ele, o impacto no ar vem sendo reduzido significativamente. “O melhor indicador para isto é o nariz”, afirmou, lembrando que desde 2002 esse não representa mais um problema para a empresa.

“Se a Borregaard foi algo de más recordações, podemos dizer que estamos hoje perseguindo o cisne branco”, metaforizou, ao falar sobre o programa de responsabilidade social da empresa, que inclui, entre outras ações, a certificação ambiental (ISO 14001) desde 1996, a adesão ao sistema de indexação Dow Jones de Sustentabilidade. “Somos a única empresa brasileira do setor a compor este índice”, revelou. E o Certificado Florestal Brasileiro (Ceflor) conquistado pela empresa. “Há dois anos, temos parceria com a ONG Sustainability para elaboração de nossas estratégias de relacionamento com as partes interessadas”, disse. Zimmer informou ainda que recentemente a missão e os valores da Aracruz foram revisados, incluindo-se neles a questão do bem-estar social. “Nossos indicadores ambientais estão focados na excelência. Há 30 anos, produzíamos 20 metros cúbicos de madeira em um hectare de terra. Hoje, esse mesmo hectare rende 60 a 70 metros cúbicos graças ao melhoramento genético”, exemplificou.

(Por Cláudia Viegas, AmbienteJÁ, 29/05/2007)

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