O novo foco de cobiça no Brasil concentra-se em uma área de cerca de 20 quilômetros quadrados, entre os municípios de Itabira e Nova Era, a 160 quilômetros de Belo Horizonte. Lá, encontram-se esmeraldas que podem valer mais que diamantes - 1 grama chega a ser negociada no Exterior por até US$ 10 mil. Empresas nacionais e estrangeiras disputam a exploração. À frente encontra-se a canadense Seahawk Minerals, representa no Brasil pela Piteiras Mineração. Dona de quase 10 mil hectares na região, há três meses anunciou a descoberta da maior jazida de esmeraldas do país, com 740 toneladas. Planeja começar a produção em 2002, com investimento de US$ 5 milhões, para processar inicialmente 30 mil pedras por ano. O Brasil está entre os quatro maiores produtores mundiais, e no ano passado, o Brasil contribuiu com exportações de US$ 220 milhões. Parte do escoamento faz-se por contrabando, sem registro. Só Minas Gerais foi responsável por 70% desse produção, considerado pouco para um país que detém 60% das reservas gemológicas conhecidas no planeta. Calcula-se que, de 10 quilos de esmeraldas brutas, só 500 gramas podem ser aproveitadas. Os pedidos de licença feitos ao Departamento Nacional de Produção Mineral para explorar o subsolo vêm crescendo. Neste ano, só de janeiro a setembro, chegaram a 2186. Durante todo o ano passado, não ultrapassaram 1800. (Época/46-5/11)