Técnicos da área ambiental, que atuam em órgãos dos governos estadual e municipais e em empresas de consultoria, passarão a contar com uma referência para projetos que visam recuperação de áreas degradadas ao longo de cursos d’água.
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a empresa AES Sul lançarão, no dia 31 de maio, a publicação “Diretrizes Ambientais para Restauração de Matas Ciliares”. O evento faz parte da programação da Semana Estadual do Meio Ambiente, que ocorre de 27 de maio a 5 de junho.
Segundo os técnicos da AES Sul e do Departamento de Florestas e Áreas Protegidas da secretaria, autores do texto, a publicação vem suprir uma lacuna em termos de bibliografia relacionada a trabalhos que buscam a restauração de áreas ribeirinhas.
“As diretrizes ambientais propõem uma uniformidade nos procedimentos técnicos e legais para elaboração de projetos de recuperação de matas ciliares, que são objeto de especial proteção mas que, ao longo do tempo, foram sendo impactadas pelo uso inadequado”, afirma o engenheiro agrônomo Enio Pippi da Motta do departamento, membro da equipe executora da cartilha técnica. Ele ainda salienta que o conteúdo também retrata estratégias resultantes de experiências práticas que deram bom resultados.
A cartilha contém uma tabela anexa com cerca de 200 espécies por região fitogeográfica identificadas no Inventário Florestal Contínuo do Rio Grande do Sul.
Recuperação
A Secretaria Estadual do Meio Ambiente desenvolve, desde 2003, o Programa de Restauração de Matas Ciliares em algumas bacias hidrográficas do Estado.
Mata ciliar é toda vegetação que ocorre nas margens de rios, sangas, córregos, lagoas, nascentes e reservatórios d’água (naturais ou artificiais). Também é conhecida como mata de galeria ou de várzea, vegetação ripária e formação ribeirinha. Pelo Código Florestal Federal, as matas ciliares são consideradas áreas de preservação permanente.
Entre outros fatores, a manutenção de matas ciliares é fundamental para proteger as ribanceiras da erosão e do conseqüente assoreamento dos recursos hídricos, conservando a qualidade e o volume das águas, além de funcionar como filtro, retendo poluentes, defensivos agrícolas e sedimentos que seriam levados para dentro dos cursos d’água.
(Assessoria de Comunicação do Governo do Estado, 29/05/2007)