O Hábitat Brasil 2001, que começou ontem em Florianópolis (SC), abriu hoje espaço para a apresentação de 48 projetos alternativos que podem servir de modelo para a geração e consumo de energia elétrica no país. A iniciativa teve apoio do Ministério da Ciência e Tecnologia. Outras dez cidades brasileiras também vão receber a mostra. Todos os trabalhos estão prontos ou carecem de pequenos detalhes para seguirem para o mercado, segundo Laércio de Sequeira, coordenador de Energia Elétrica e Fontes Alternativas da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), que ficou a cargo da seleção. Muitos dos trabalhos, quando entrarem no mercado, vão ajudar o consumidor a gastar menos energia em suas residências. Os custos poderão ser reduzidos em até 30% (aquecedores solares, por exemplo), já que foram favorecidos com isenção de impostos. Um dos projetos é um medidor de consumo mais simples de ser entendido e mais prático quanto ao controle de eletricidade efetuado pelos moradores. -Muitos trabalhos vão fazer sucesso no mercado, pois são de baixo custo e vão ajudar a economizar energia em casas populares, afirmou Sequeira. Inovador Para estarem na exposição, as iniciativas tiveram que demonstrar que são inovadoras e apresentam diminuição do consumo de energia (alguns casos de até 30%). Há também projetos que visam novas alternativas de geração -como uma turbina movida a gás natural. Tendo a ONU (Organização das Nações Unidas) como principal organizadora, o Hábitat Brasil reúne representantes de 20 países de todo o mundo que estão discutindo e apresentando soluções para a melhoria da qualidade de vida nas zonas urbanas. Neste ano, o enfoque do encontro, que vai até o dia 9 deste mês, está voltado para as iniciativas de recuperação do ambiente, uso apropriado das águas e a geração alternativa de energia. De 110 projetos apresentados para a avaliação, 48 foram selecionados e receberam certificado de qualidade do Ministério da Ciência e Tecnologia. As iniciativas partiram de universidades e de micros e pequenas empresas. A maioria dos trabalhos é da região Sul do país. (Agência Folha)