Pouco mais de um ano depois de estudos técnicos, reuniões com entidades e debates com a comunidade, o Plano Diretor Urbano e Ambiental de Canoas começa a ganhar forma. Assim que transformado em lei, o PDUA poderá trazer inovações para a cidade tais como a implantação de um centro cultural e estádios esportivos. Também será possível dar mais ênfase para a atividade logística no município, bem como tornar as idéias de rebaixamento do trensurb e da BR-116 mais concretas.
“São inúmeras as inovações que podem surgir a partir do Plano Diretor”, frisa o secretário municipal de Planejamento Urbano, Oscar Escher. O PDUA é um conjunto de regras que visa a preparar a cidade para absorver os impactos do crescimento urbano e populacional. A previsão é de que em 20 anos Canoas apresente um aumento populacional de 110 mil habitantes. O objetivo do secretário Escher é de que logo após a Conferência da Cidade, marcada para o dia 4 de agosto, o projeto de lei do PDUA seja encaminhado à Câmara de Vereadores para apreciação. Antes, no entanto, ocorre a pré-conferência, prevista para 21 de julho. A expectativa é de que o PDUA possa ser utilizado já no início de 2008.
Mais mobilidade urbana e regularização fundiária
Com o término das audiências públicas, no último final de semana (26 e 27/5), a Prefeitura e sua equipe técnica tiveram a oportunidade de receber as propostas da população baseadas na necessidade real de cada bairro. Entre as sugestões apresentadas receberam destaque a mobilidade urbana e, principalmente, a regularização de áreas ocupadas de maneira desordenada. Para ouvir a população os bairros foram divididos em quatro regiões.
Das propostas dos moradores da 1ª Região (Brigadeira, São José, Igara, Guajuviras, Marechal Rondon, Estância Velha e Olaria) o titular da SMPU, Oscar Escher, destaca a implantação de infra-estrutura para as zonas que cresceram informalmente nas últimas décadas. “Para cada uma das 112 ocupações irregulares estão sendo apresentadas propostas e soluções.”
Já na 2ª Região (Nossa Senhora das Graças e Niterói) a previsão é de que sejam apontadas soluções para a superlotação da avenida Mauá, especialmente sobre o intenso fluxo de caminhões em função das transportadoras existentes no bairro Niterói.
Para a 3ª Região (Fátima, Rio Branco e Ilha das Garças) foi encaminhado pedido que sejam reavaliados os impactos do atual sistema viário. Foi proposto que seja feita uma transposição na BR-116 e no trem facilitando o acesso do Rio Branco para o Niterói. “A idéia é fazer essa transposição na altura da rua Júlio de Castilhos, já que não tem integração alguma no meio do trajeto”, salienta Escher.
A 4ª Região (Industrial, São Luiz, Mathias Velho, Harmonia, Centro e Mato Grande) foi reivindicado que os bairros Harmonia e Mathias Velho sejam contemplados com conexões viárias à futura Rodovia do Parque a RS-448 e soluções para o descongestionamento da avenida Rio Grande do Sul.
(Diário de Canoas, 29/05/2007)