O Fundo Mundial para a Natureza (WWF, em inglês) pediu nesta segunda-feira (28/05) que o Grupo dos Oito (G8, os sete países mais industrializados e a Rússia) promova a eficiência energética para combater o aquecimento global. A organização ambientalista fez esse pedido em um relatório publicado nesta segunda, no qual analisa as políticas de economia energética dos países do G8 - Estados Unidos, Japão, Itália, França, Alemanha, Canadá, Reino Unido e Rússia -, assim como do Brasil, México, Índia, China e África do Sul, as principais economias emergentes.
Esses últimos países foram convidados a participar da cúpula de líderes do G8 que acontecerá na próxima semana, na Alemanha, durante a qual o problema da mudança climática será um dos temas centrais. O relatório sobre eficiência energética do WWF indica que a economia energética pode reduzir a emissão de gases do efeito estufa e contribuir para reduzir os efeitos das mudanças climáticas no planeta. "Não há uma fórmula mágica para conter a perigosa mudança climática, mas a eficiência energética é a maior e mais acessível solução capaz de atenuar a crise atual", disse o diretor do Programa Mundial contra a Mudança Climática do WWF, Hans Verolme, através de um comunicado.
O estudo afirma que a eficiência energética é técnica e economicamente viável e favorece o desenvolvimento econômico sustentável, ao criar novas oportunidades de negócio e postos de trabalho. Verolme disse que "muitas das políticas e medidas para a eficiência energética do G8 são ineficazes" e, por isso, o relatório formula algumas recomendações para melhorá-las, especialmente nos setores da construção, do transporte e da energia. O WWF sugere aumentar a economia energética em 20% em 2020, em comparação a 2005, mas afirma que, em alguns países, o aumento da eficiência energética poderia chegar a 50% no transporte e a 45% na construção e no setor elétrico.
As recomendações incluem também o estabelecimento de critérios e comprovantes de eficiência energética, além do uso de instrumentos fiscais como subvenções, créditos fiscais e impostos energéticos sobre as emissões de dióxido de carbono. Além disso, o WWF pede que o G8 apóie tecnologicamente os países em desenvolvimento, e colabore com eles no desenvolvimento conjunto de critérios de eficiência energética.
(Efe, 28/05/2007)