A Conferência das Ilhas do Brasil está sendo realizada em Florianópolis com o objetivo de apresentar meios de o país enfrentar as conseqüências do aquecimento global.
Amaior preocupação dos pesquisadores é com as ilhas brasileiras diante do efeito estufa e o que pode ser feito para amenizar o problema. A primeira ação a ser implementada é a Rede Ilhas Marinhas do Brasil, um banco de dados sobre as ilhas do país, para saber quais caminhos ou soluções seguir.
Além disso, por meio delas, é possível trocar informações e fazer parte de redes internacionais de ilhas, explica Alexandre Castro, diretor-geral do Instituto Ilhas do Brasil.
- Queremos fazer um debate para guiar a tomada de decisão - disse.
Outro passo importante foi a parceria com a operadora multinacional de serviços móveis via satélite, a Inmarsat (na sigla em inglês), que oferece tecnologia para viabilizar a comunicação em áreas devastadas por catástrofes.
As conseqüências do aquecimento global poderão ser sentidas em Florianópolis com o aumento do nível do mar e a perda de alguns metros da costa. Em outras localidades, isso já ocorre. Uma das convidadas do evento, Zélia Brito, funcionária do Ibama na reserva biológica do Atol das Rocas, no Rio Grande do Norte, conta que na Praia de Caiçara, ao norte do Estado, o mar já avançou cerca de um quilômetro.
- O mar está invadindo a costa. Em Pipa, ao sul do Estado, minha casa caiu três vezes em 20 anos devido ao avanço do mar.
(Diário Catarinense, 27/05/2007)