Interessados em contribuir com o projeto de criação do Distrito Florestal do Carajás têm até o dia 25 de maio para enviar sugestões para o Serviço Florestal Brasileiro no e-mail: info@sfb.gov.br.
Na semana passada, centenas de trabalhadores rurais, sindicalistas, empresários, ambientalistas e políticos participaram das quatro audiências públicas promovidas para debater a criação do Distrito Florestal Sustentável do Carajás.
Os encontros ocorreram nos municípios de Marabá e Paragominas no Pará, Açailândia no Maranhão e Araguatins, no Tocantins, por iniciativa da Casa Civil da Presidência da República, com o apoio do Serviço Florestal Brasileiros, vários ministérios e dos governos dos estados.
"A idéia foi colocar o projeto na mesa para ouvir e agregar opiniões de todos os segmentos produtivos da região", afirma Tasso Azevedo, diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro.
Segundo o projeto inicial, o DFS do Carajás será voltado para a recuperação ambiental, aliada ao desenvolvimento socioambiental da região. Para isso, estratégias de ação do governo federal e dos três estados participantes serão desenvolvidas. Por exemplo, o ordenamento territorial da área, que segundo o secretário de Projetos Estratégicos do Pará, Marcílio Monteiro, "é um instrumento fundamental de gestão da área, por meio dele poderemos viabilizar terras regularizadas, promover emprego e renda aos trabalhadores da área da agricultura familiar e gerar matéria prima legal para a indústria de base florestal".
Incentivos financeiros às atividades produtivas sustentáveis também são importantes para viabilizar o distrito. Taís Juvenal, representante do BNDES, que esteve presente nos encontros, diz que o banco criou linhas de créditos específicos para a demanda da indústria de base florestal. Essa linha poderá beneficiar iniciativas em cerca de 100 municípios da área de integração do DFS do Carajás e para aproximadamente 400 assentamentos do Incra na região.
"A nossa proposta é agregar valor econômico, promover desenvolvimento com tecnologia, preservação e conservação da natureza, valorização do emprego, renda e melhoria da qualidade de vida", enfatizou Juvenal.
Próximo passo - Durante os encontros, muitas sugestões foram recolhidas pela equipe do Serviço Florestal Brasileiro, principalmente sobre a abrangência da área do distrito (inicialmente com 28 milhões de hectares), e também sobre como deverá ocorrer sua implementação administrativa.
O Serviço Florestal Brasileiro vai avaliar, nos próximos dias, todas as sugestões recebidas. Azevedo afirma que algumas reuniões setoriais ainda poderão ser agendadas, principalmente com representantes dos movimentos sociais. "A intenção é detalhar melhor os beneficios do DFS do Carajás para esses setores", finaliza ele.
Para conhecer a proposta do DFS do Carajás, clique aqui.
(Ascom MMA, 24/05/2007)