O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, apresentou nesta quarta-feira (23/05) no parlamento um projeto de lei que pretende aumentar o número de usinas nucleares na Grã-Bretanha e, assim, subir a produção de energias renováveis no país. As usinas nucleares são necessárias para reduzir as emissões de dióxido de carbono e para nos assegurarmos que manteremos reservas energéticas", destacou Blair em discurso na Câmara dos Comuns.
O primeiro-ministro apoiou o projeto de Lei de Energia, que busca utilizar diversos tipos de recursos energéticos. "As usinas nucleares devem ser incluídas", disse o chefe do governo britânico. O ministro da Indústria, Alistair Darling, afirmou que o parlamento deverá tomar uma decisão concreta sobre o tema antes do fim do ano. O projeto de lei será debatido em ambas as câmaras do parlamento, além de receber sugestões da população e de especialistas.
Darling explicou que os planos do governo pretendem incentivar os britânicos a gerar sua própria energia, através do uso de painéis solares ou de turbinas eólicas. "Até 2015, esperamos que 15% da energia provenha de fontes renováveis", disse. O governo busca também reduzir as emissões de CO2 em 20% até 2010. "Mas não podemos nos converter em uma economia de baixa emissão de dióxido de carbono com um passo só", completou.
A proposta de lei foi duramente criticada pelos democratas, que acusaram Blair de não levar e conta os perigos e os custos dos dejetos nucleares. Para o Partido Conservador, "ainda há muitas dúvidas" sobre o que será feito com os dejetos nucleares, além dos altos custos das usinas atômicas. O projeto também recebeu críticas do Partido Verde, que pediu ao governo que se concentrasse em fontes de energia mais eficientes e ecológicas, como ocorre na Escócia, que recentemente elegeu Alex Saldmond como primeiro-ministro.
(ANSA, 23/05/2007)