O presidente da Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Asibama), Jonas Corrêa, disse nesta quarta-feira (23/05), em entrevista à Agência Brasil, que os servidores do órgão só voltam a trabalhar se Medida Provisória 366/07 for retirada pelo governo ou se for vetada pelo Congresso Nacional.
Cerca de 6,4 mil funcionários do Ibama estão de greve desde a semana passada porque são contra a edição da MP, que divide a gestão ambiental brasileira com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. O novo órgão ficaria responsável pela gestão de unidades de conservação.
Corrêa se reuniu na terça-feira (22/05) com 44 deputados federais das comissões da Amazônia e do Meio Ambiente da Câmara para discutir a MP 366. Segundo ele, a maioria dos parlamentares é contra a medida. “Nós mostramos aos parlamentares o prejuízo que essa MP vai trazer para o país. Pudemos fazer uma explanação com dados, mostrando estudo técnicos de como ficará o Ibama se essa medida for aprovada. Eu acho que em função disso, os próprios parlamentares estão solicitando que se retire a medida.”
O presidente do Ibama, Brazileu Margarido, e o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, também participaram da reunião no Congresso. De acordo com Corrêa, a discussão sobre a MP 366 foi positiva. “É importante que se faça um processo de discussão mais democrático, porque a medida foi encaminhada sem nenhuma discussão prévia”, acrescentou o presidente da Asibama.
(Por Clara Mousinho, Agência Brasil, 23/05/2007)