Um defeito na conexão de uma bomba é apontado pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) como a causa de um derramamento de óleo diesel em Vale do Sol. A origem do vazamento foi identificada ontem (22/5), dois dias depois que agricultores e motoristas que passam pela Rua Padre Guilherme, que dá acesso à localidade de Formosa, identificaram manchas do produto a 500 metros do posto de gasolina, em uma valeta que vai da Avenida 15 de Setembro até o Arroio Plumbs. O dano ambiental provocado pelo acidente é considerado de pequenas proporções.
O vazamento começou há mais de uma semana no Posto Kanitz, localizado na esquina da avenida com o acesso a Formosa, quando uma bomba foi substituída. Alertados por clientes e vizinhos, os funcionários do estabelecimento passaram a segunda-feira retirando o produto da vala, onde deságua a rede de esgoto pluvial daquela região. “Assim que fomos informados que havia manchas no esgoto nos mobilizamos para reduzir o dano ambiental mesmo sem ter certeza que o problema tinha começado no posto”, salientou o empresário Ernani Kanitz.
O coordenador regional da Fepam, José Francisco Antunes, que passou a tarde de ontem trabalhando no local, afirmou que um problema na conexão do equipamento provocou o acidente. Os cerca de 100 litros de óleo se alastraram, segundo ele, devido às fortes chuvas do meio da semana passada. “O vazamento alcançou o lençol freático, que acabou subindo com a chuva”, explicou o técnico. Um levantamento da Fepam aponta que o combustível chegou até um pequeno arroio daquela região, não poluindo as águas do Arroio Plumbs, que é maior. Antunes observa que a vegetação do canal está ajudando a evitar que a mancha se espalhe.
Mesmo assim, ele pediu ontem que o posto providenciasse a instalação de barreiras de contenção. Serragem, isopor e sacos de estopa foram utilizados para reter o óleo. “Vamos monitorar a área atingida por dois ou três dias. A tendência é que a situação não piore”, salientou. O coordenador regional da Fepam pede que moradores evitem contato com a água contaminada. “Os agricultores não podem dar água poluída aos animais. Como o cheiro do óleo diesel não é tão forte em relação ao da gasolina o animal pode acabar bebendo a água e contrair doenças”, alertou.
Somente depois que a investigação e a avaliação do dano ambiental estiverem encerradas é que o técnico decidirá se o posto será ou não autuado pelo derramamento de aproximadamente 100 litros de óleo no ambiente. José Antunes garantiu que as ações desencadeadas pela empresa assim que o vazamento foi identificado serão levadas em conta.
(Gazeta do Sul, 23/05/2007)