O Largo Glênio Peres, na Capital, foi o espaço escolhido por ambientalistas gaúchos para promover uma reflexão no Dia Internacional da Biodiversidade. As bancas temáticas com produtos naturais, materiais didáticos e painéis formaram um cenário verde no local ontem (22/5) à tarde. 'É neste lugar que grande parte da população circula e é aqui que procuramos sensibilizar os porto-alegrenses para a crise ambiental em que vivemos', acrescentou o integrante do Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais Vicente Medaglia, biólogo.
Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), a comemoração da data neste ano destacou o tema 'A biodiversidade e as alterações climáticas'. Como as principais vilãs, as entidades apontam a modificação dos habitats, as alterações climáticas e a poluição generalizada. O Brasil detém de 15% a 20% da biodiversidade mundial e cerca de 70% das espécies de vida catalogadas no planeta, sendo considerado o país com maior biodiversidade do mundo. 'Por isso a população precisa estar consciente de seu papel fundamental na preservação dessas riquezas', alertou Medaglia.
No Rio Grande do Sul, a preservação da biodiversidade do pampa é um dos temas prioritários, aliada ao zoneamento da silvicultura e à caça predatória ilegal. 'O governo do Estado precisa incentivar atividades como a agroecologia e a agricultura familiar, que comprovadamente não provocam alterações na biodiversidade dos ecossistemas', exemplificou Fernando Costa, estudante de Arquitetura e integrante da entidade Casa Tierra.
As ações educativas em Porto Alegre, que reuniram cerca de 35 organizações, incluíram ainda oficinas, palestras, apresentações artísticas e caminhada pelo Centro. As atividades da data foram encerradas à noite com um debate na Ufrgs sobre os alimentos transgênicos. 'Procuramos mostrar algumas alternativas de como conhecer, contribuir e conviver com a biodiversidade', salientou Costa.
(Correio do Povo, 23/05/2007)