As áreas de reflorestamento de Santa Catarina estão sendo alvo de fiscalização. Auditores do Ministério do Trabalho, agentes da Polícia Federal e promotores do Ministério Público do Trabalho percorrem diversas áreas em busca de irregularidades. Ontem (22/5), a situação foi constatada em três empresas, que serão autuadas.
A operação ocorreu em Brunópolis, no Meio-oeste, e deve continuar até o fim da semana na região. Após receber denúncias, os auditores foram a dois pontos do município.
Em um deles, onde se faz o desbaste do pínus, foram encontrados trabalhadores sem equipamentos de proteção, sem local apropriado para as refeições e a higiene pessoal e alguns sem carteira profissional registrada. A maioria dos trabalhadores é de Monte Carlo e levanta antes das 6 horas para ir ao trabalho, tem uma hora de intervalo para almoço e volta para casa perto das 18 horas. A média salarial é de R$ 500,00 por mês.
Para esse tipo de serviço, os empregadores devem fornecer aos contratados as ferramentas manuais, calçados de proteção, perneiras, recipientes térmicos para líquidos e comida, capas de chuva, abrigo para refeição e banheiros e ainda custear os exames médicos admissionais. Em outro ponto, de uma segunda empresa, ocorre o corte do pínus. Os funcionários usam capacetes, luvas, protetores auditivos e óculos, mas não há banheiros e alimentam-se dentro do ônibus.
As duas empresas, mais a proprietária das áreas exploradas, serão autuadas. Os auditores do Ministério do Trabalho vão analisar as irregularidades constatadas para enquadrar as infratoras.
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A Notícia, 23/05/2007)