Grupos céticos em relação aos efeitos negativos do efeito estufa sobre o clima receberam mais de US$ 2 milhões da empresa petrolífera em 2006.
Washington, Estados Unidos - Uma análise dos últimos relatórios da ExxonMobil revela que a empresa tem investido pesado em organizações que usam a ciência para negar o aquecimento global. A pesquisa dos documentos, conduzida pelo projeto ExxonSecrets, do Greenpeace – e membro da coalização Exxpose Exxon -, mostra que em 2006, a empresa gastou US$ 2,1 milhões no financiamento de uma dúzia de proeminetes grupos anti-aquecimento global.
Em resposta às crescentes críticas de entidades da sociedade civil, da Sociedade Real de cientistas britânicos e senadores americanos, entre outros, a ExxonMobil iniciou uma cuidadosa campanha de relações públicas para tentar passar a noção de que foi mal-interpretada em relação ao tema do aquecimento global. A diretoria da empresa tem dito que não mais financia esses grupos.
“A campanha da Exxon para negar o aquecimento global já dura uma década e ajudou a encobertar a inepta política climática do governo Bush”, afirmou Kert Davies, diretor de pesquisas do Greenpeace. “Apesar da retórica pública da empresa em relação ao aquecimento global aparentemente estar mudando, na verdade eles continuam a financiar a indústria que nega o problema.”
A análise feita pelo Grenpeace mostra que a Exxon continua a financiar uma extensa rede de grupos que negam o aquecimento global e atacam o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) desde a década de 1990.
(Greenpeace /
EcoAgência, 21/05/2007)