As lideranças do PMDB no Senado reuniram-se na noite desta terça-feira (22/05)para avaliar nomes a serem levados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir o ex-ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau.
A informação é do líder do partido na Casa, Valdir Raupp (RO), que lamentou o pedido de demissão de Rondeau mas afirmou que não cabia outra alternativa, após a inclusão do nome dele entre os beneficiários do esquema de desvio de recursos públicos coordenado pela Construtora Gautama.
“A princípio, o Ministério [de Minas e Energia] está na cota do PMDB do Senado. O presidente da República tem autonomia para definir quem ocupará o cargo, mas estava na cota do PMDB. É isso que vamos discutir e certamente vai ser delegado alguém para conversar com o presidente”, afirmou o líder.
Raupp disse ainda que já conversou sobre a demissão de Rondeau com o senador José Sarney (PMDB-AP) e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e que as conversas prosseguirão na noite de hoje.
Segundo o líder, a saída de Rondeau era fundamental para que ele se defendesse das acusações de participação no esquema de corrupção desbaratado pela Polícia Federal na Operação Navalha. “De nada adianta ficar se desgastando no cargo para se defender. A melhor coisa é fazer a defesa fora do cargo”, avaliou. A decisão de pedir demissão, acrescentou, foi “unilateral”, sem interferência do partido.
Já o líder do governo no Senado, o também peemedebista Romero Jucá (RR), afirmou que o partido “tem uma participação expressiva no governo e o presidente deve conversar com o PMDB no Senado”. A saída de Rondeau, segundo ele, não muda a conjuntura da participação do partido no governo: “O PMDB não ganha nem perde espaço”.
(Por Marcos Chagas, Agência Brasil, 22/05/2007)