As exportações brasileiras de álcool combustível representam um desafio para o setor sucroalcooleiro. Os embarques do combustível, que hoje se limitam a 15% do total da produção nacional, deverão manter-se medíocres no médio prazo e ainda não passam de um sonho, segundo o presidente da Unica, Eduardo de Carvalho.
O mercado do etanol nacional se restringe aos EUA, que mantêm barreiras tarifárias ao produto brasileiro; o Caribe, utilizado pelos exportadores como instrumento de acesso ao mercado americano, e a Suécia, "que é do tamanho da Penha" - bairro da zona leste de São Paulo -, comparou Carvalho.
Vencer esses obstáculos depende do próprio setor, a quem cabe construir liquidez e ampliar o mercado para garantir uma nova dimensão aos negócios, acredita o diretor de agronegócio e energia da BM&F, Ivan Wedekin. A BM&F, que abriu sexta-feira as negociações dos contratos futuros de etanol, já acumula negócios no valor de R$ 2,2 milhões.
(Por Isabel Dias de Aguiar e Viviane Monteiro,
Gazeta Mercantil, 22/05/2007)