O Governo já trabalha com um Plano B para garantir o fornecimento de energia elétrica caso o licenciamento ambiental das usinas do Rio Madeira (Santo Antônio e Jirau) não seja liberado até o fim do mês.
A alternativa já viria no próximo leilão, previsto para 26 de junho, e está associada ao aumento de contratação de energia térmica movida a diversos combustíveis, especialmente a carvão mineral, óleo combustível/diesel e gás natural. Isso significa aumento na conta de luz dos consumidores, pois essa energia é mais cara.
Até as empresas do setor, especializadas em geração hídrica, já perceberam que esse é o caminho para elevar a oferta enquanto os entraves ambientais não são solucionados nas hidrelétricas. Sem perder tempo e com dinheiro em caixa, algumas já incluíram em seu portfólio projetos de termoelétricas, em especial movidas a carvão mineral. A exemplo do que ocorreu no passado, mais uma vez o País vai depender de projetos térmicos para não ficar sem luz. A expectativa de especialistas é a de que ao menos desta vez esses projetos saiam do papel.
MemóriaEm 2001, a grande saída para o aumento da oferta de energia era o Programa Prioritário de Termoelétricas (PPT), de usinas movidas a gás natural. Boa parte das unidades não saiu do papel e aquelas concluídas sofrem hoje com a falta de combustível para seu pleno funcionamento.
É por causa dessa escassez que os investidores têm buscado o carvão como fonte. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, explica que, se o Projeto do Rio Madeira for liberado pelos órgãos ambientais, o leilão será feito separadamente.
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Agência Estado/A Tribuna, 22/05/2007)