Ambientalistas, estudantes e movimentos sociais promovem uma feira, em Porto Alegre, para alertar o perigo que corre a biodiversidade do Estado e do país. No Dia Internacional da Biodiversidade, lembrado no dia 22, as organizações realizam oficinas, exposições e apresentações artísticas no largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público da Capital. Serão abordados temas como a expansão das monoculturas de pínus e eucalipto, o impacto das grandes hidrelétricas, o extrativismo que degrada o meio ambiente, energia renovável e reciclagem de papel, entre outros.
A feira terá caráter pedagógico de trazer informações à população sobre as conseqüências sociais e ambientais do uso irracional dos recursos naturais e mostrar as alternativas, como explica a engenheira agrônoma Patrícia Binkowski.
"Tentando trazer para a comunidade, no Mercado Público, essa importância de preservação. E também deixando claro que essa natureza, essa biodiversidade, não é um recurso econômico. A gente tem que conseguir fazer ações que sejam sustentáveis", diz.
Às 12h e às 17h, acontecem duas caminhadas artísticas, com conjuntos musicais e bonecos gigantes, chamando a atenção para os problemas ambientais enfrentandos pela sociedade. As organizações também entregam uma carta ao governo do Estado e à Assembléia Legislativa, denunciando os impactos na biodiversidade. Além da feira e das oficinas, também acontecem mostras de vídeos. A programação completa pode ser acessada no site de internet www.defesabiogaucha.org
O "Dia da Biodiversidade" em Porto Alegre é organizado pelas entidades ambientalistas INGA, Grupo Mamangava, Casa Tierra e estudantes de Agronomia e do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs).
(Por Raquel Casiraghi, Agência Chasque, 21/05/2007)