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2001-11-07
Mais de 12 anos depois do megavazamento de óleo do navio Exxon Valdez (11 milhões de óleo), no Alasca, pessoas e animais continuam sofrendo os impactos ambientais decorrentes do acidente. Mais de 250 pássaros morreram, entre outras perdas de espécies marinhas, como leões marinhos e focas. Mas trabalhadores e moradores das imediações de Valdez, no Alasca, também estão sofrendo as conseqüências do acidente até hoje. Depois do vazamento, em abril de 1989, muitos passaram a apresentar traços de óleo nos pulmões, no sangue e nas células adiposas. Os sintomas são náuseas, dor de cabeça e problemas respiratórios. - Nunca me senti bem desde que o acidente aconteceu, conta Steve Cruikshank , que hoje se trata com antibióticos para suportar problemas respiratórios. Os pulmões de Tim Burt, outra vítima, continham resíduos de óleo desde algum tempo depois que ele começou a trabalhar na limpeza de tanques contendo esse material. Quando o problema se agravou, ele passou a sentir fortes dores de cabeça e chegou a pedir que lhe tirassem a vida quando estava em agonia. Acabou morrendo em 1995, por overdose de um medicamento. Todas essas pessoas tinham algo em comum: elas eram saudáveis quando chegaram em Prince William Sound (onde ocorreu o acidente com o Valdez) e acabaram doentes, de forma crônica, ou mortas. - Parece haver centenas, talvez milhares de trabalhadores afetados negativamente devido ao processo de limpeza da área onde ocorreu o vazamento, afirma o advogado Michael Schneider, que está atuando num processo para indenizar vítimas e suas famílias neste caso. Ele estima que umas 15 mil pessoas tenham sido ou estejam sendo afetadas pelo problema. Até agora, no entanto, apenas 34 entraram com processo por envenenamento, 264 por problemas respiratórios e 19 por danos ao sistema nervoso.

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