No Rio de Janeiro, é total a mobilização dos 395 servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em greve por tempo indeterminado desde o dia 14 de maio.
A paralisação é em protesto à Medida Provisória 366/07, que estabelece a divisão do órgão ambiental com a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
"Considerando que todas as unidades estão paradas, eu diria que a adesão é de 100%”, disse hoje (21) Roberto Huet, do comando de greve no estado. Ele acrescentou que os funcionários não estão impedidos de entrar na sede do órgão, mas nenhum processo está sendo examinado.
Apesar disso, os serviços essenciais nas principais áreas de atuação do Ibama no estado - como o Parque Nacional da Tijuca, onde fica a estátua do Cristo Redentor - estão sendo preservados. Nesses locais, acresentou Huet, os servidores se revezam em regime de plantão.
Na avaliação dele, a divisão do Ibama terá repercussão negativa. “Vão aumentar a burocracia e os custos e não vai antecipar licenças. Não é possível antecipar licença, porque tem a legislação para seguir”, frisou. "Então, dividir o Ibama só vai atrasar tudo”.
De acordo com Huet, amanhã (22), está prevista uma reunião entre o comando nacional de greve, o presidente interino do Ibama, Bazileu Alves Margarido Pinto, e do Instituto Chico Mendes, João Paulo Capobianco. Devem participar também parlamentares e representantes do Ministério Público e parlamentares.
(Por Alana Gandra, Agência Brasil, 21/05/2007)