“Para muitos brasileiros, a Amazônia é um outro mundo, distante e com o qual eles não têm nenhuma conexão. Poucos se dão conta, porém, que o desmatamento na Amazônia tem causas locais, mas também nacionais e, cada vez mais, internacionais”, explica o biólogo Silvio Marchini. Segundo ele, a inspiração para criar a Escola da Amazônia surgiu de uma experiência como diretor-acadêmico do Programa de Manejo de Recursos Naturais e Ecologia Humana da School for International Training (SIT).
O SIT coordena programas para universitários americanos que passam o semestre no exterior. Na Amazônia, a base funcionava em Belém (PA), onde estudantes tinham a oportunidade de viajar por um mês na região. “A experiência era fantástica, mas me incomodava o fato de que apenas alguns poucos estudantes americanos tinham o privilégio de conhecer a Amazônia de modo tão profundo”, diz Marchini. “Pensei então em uma maneira de oferecer aquela oportunidade para estudantes brasileiros”.
Com este objetivo, ainda em 2000, Marchini criou o instituto Amazonarium. A parceria com a empresária Vitoria da Riva, de Alta Floresta, permitiu implantar o projeto. “Nós chamamos nossa colaboração de Escola da Amazônia”, lembra. Em
Em tempos de grandes debates sobre os efeitos da ação humana sobre o clima do planeta, Marchini diz que é preciso que os brasileiros conheçam cada vez mais os seus mananciais de vida. “Um conservacionista já disse que o maior problema ambiental não é a perda de habitat ou a extinção de espécies, mas sim nossa indiferença em relação a esses problemas”.
(Por Rodrigo Vargas, Diário de Cuiabá, 19/05/2007)