As petrolíferas portuguesas Galp e Partex e a brasileira Petrobras assinaram nesta sexta-feira (18/05) em Lisboa o contrato para a concessão da pesquisa e exploração de petróleo na Bacia Lusitaniana. A intervenção do consórcio luso-brasileiro será feita ao largo de Peniche, no litoral centro de Portugal. Os investimentos previstos no contrato de concessão são de 400 milhões de euros.
A parceria será controlada pela Petrobras, com 50%. A Galp terá 30% e a Partex, empresa da Fundação Calouste Gulbenkian, 20%. O projecto de pesquisa em águas profundas, que poderá atingir os 5 mil metros, deverá ser realizado em quatro anos. A bacia inclui quatro blocos e está a 60 quilómetros da costa. Caso haja sinais da existência de petróleo na zona, o consórcio deverá efectuar duas perfurações em cada bloco.
Ao mesmo tempo decorrem pesquisas em terra a cargo da Universidade de Lisboa, Universidade de Coimbra e Universidade Federal de Sergipe. A assinatura do contrato, com a presença do ministro da Economia e da Inovação de Portugal, Manuel Pinho, reforça a parceria que a Petrobras já tinha com a Galp. As duas empresas estão associadas em cerca de meia centena de blocos de exploração no Brasil.
O presidente da Petrobras, José Gabrielli, já informou que os investimentos da estatal brasileira entre os anos de 2007 e 2011 devem ser revistos em alta. A previsão actual é de US$ 87,7 mil milhões, incluindo investimentos no Brasil e no exterior. A Galp registou um lucro de 119 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, em alta de 30% face ao mesmo período do ano passado. As vendas no entanto caíram 9%, para 2,7 mil milhões de euros devido "à quebra das cotações internacionais do crude e dos produtos petrolíferos".
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Envolverde/Portugal Digital, 18/05/2007)